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quarta-feira, 23 de março de 2011

Coisa burra, mas interessante

Uma vez fiz um questionamento muito profundo a um professor de filosofia durante uma aula. Mas não se tratava de um questionamento qualquer. Era na verdade um dúvida da minha alma, fruto de uma profunda reflexão que fiz a respeito de tudo aquilo que havia aprendido nos últimos anos de estudo associado a questões existenciais que finalmente culminava naquele momento sagrado de enfrentar aquele indescritível monstro através das palavras do sábio que provocou a minha entusiasmada participação. Levantei o dedo, triunfante, e fiz uso da palavra com inabalável confiança e certo de que meu questionamento traria para a aula uma preciosa contribuição para o engrandecimento da ciência, além de me ajudar a por fim naquele terrível enigma da alma.

O mestre ouviu com atenção tudo o que eu disse, pensou um pouco, olhou para o infinito como quem busca uma espécie de inspiração divina para responder à minha questão e disparou:

- Fernando, você falou uma coisa burra, realmente burra, talvez a coisa mais burra que eu já ouvi até hoje. É burra, mas é interessante.

Eu às vezes penso coisas burras. Complicado é que eu resolvo publicar algumas delas. Duro é saber separar o que é uma coisa burra por si só ou quando é burra, mas é interessante.
Hoje escrevi uma coisa burra, mas interessante no twitter e quero ilustrar esse texto burro, para tentar torná-lo burro, mas interessante:

“Se a tua mulher pensa que é um jardineiro e te trata como um jardim, escolha entre viver sendo podado ou liberte-se e vire um terreno baldio.”
@fernandobotto (pelo twitter)

Essa reflexão matou a minha dúvida naquela aula e nessa vida. Descobri que tem saída para gente burra. As pessoas não precisam ser burras e pronto. O insight é aprender a ser burro, mas interessante.

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